WB01343_.gif (599 bytes) Portugese uitgaven / Livros Portugueses
 

http://museudosgibis.blogspot.nl/2011/02/revista-animal-feio-forte-e-formal.html


Animal n° 2
Publicado em: 1988
Editora: VHD Diffusion
Licenciador: sem licenciador
Categoria: Revista Periódica
Gênero: Alternativo
Status: Fora de circulação Número de páginas: 68
Formato: Magazine (21 x 28 cm)
Colorido/Preto e branco/Lombada com grampos
Preço de capa:
Essa edição está em 44 coleções e é o sonho de consumo de 7 usuários.
Crédito da capa e editor

Cartoons hold-up

Personagens: Superwest
História: Massimo Mattioli
Arte: Massimo Mattioli
Crônicas do velho Ed

História: Jacques de Loustal
Arte: Jacques de Loustal
Passeio dominical

História: Luc Cornillon
Arte: Luc Cornillon
Olimpo

História: Daniel Torres
Arte: Daniel Torres
Querido embaixador

Personagens: Kraken
História: Antonio Segura
Arte: Jordi Bernet
Wah a crise!

Personagens: Kebra
História: Tramber
Arte: Jano
Em algum lugar da Etiópia

História: Philippe Vuillemin
Arte: Philippe Vuillemin
Viagem ao centro da terra

História: Sérgio Dantas Miranda
Desenho: Sérgio Dantas Miranda, A. C. Peres
Arte-Final: A. C. Peres
Edmundo, o porco

Personagens: Edmundo, O Porco
História: Martin Veyron
Arte: Jean-Marc Rochette
Ranxerox em New York (parte II)

Personagens: Ranxerox
História: Stefano Tamburini
Arte: Gaetano "Tanino" Liberatore

http://www.guiadosquadrinhos.com/
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Animal n° 6
Publicado em: 1989
Editora: VHD Diffusion
Licenciador: sem licenciador
Categoria: Revista Periódica
Gênero: Alternativo
Status: Fora de circulação Número de páginas: 80
Formato: Magazine (21 x 27,5 cm)
Colorido/Preto e branco/Lombada com grampos
Preço de capa: NCz$ 1,48
Essa edição está em 51 coleções e é o sonho de consumo de 6 usuários.
Crédito da capa e editor

Blood Feast

Personagens: Squeak The Mouse
História: Massimo Mattioli
Arte: Massimo Mattioli
Cuore di mamma

Personagens: Zanardi
História: Andrea Pazienza
Arte: Andrea Pazienza
A fundação - Mariana

História: Cássio Zahier
Arte: Osvaldo Pavanelli
Os mascotes de Midas

História: Celso Singo
Arte: Líbero Malavoglia
Amor de mãe

Personagens: Kraken
História: Antonio Segura
Arte: Jordi Bernet
Vista para o mar

História: Jacques de Loustal
Arte: Jacques de Loustal

Maracaibo

História: Mique Beltran
Arte: Francesc Capdevila Gisbert - ‘Max’
Animal n° 12
Publicado em: setembro de 1990
Editora: VHD Diffusion
Licenciador: sem licenciador
Categoria: Revista Periódica
Gênero: Alternativo
Status: Fora de circulação Número de páginas: 76
Formato: Magazine (21 x 27,5 cm)
Colorido/Preto e branco/Lombada com grampos
Preço de capa: Cr$ 250,00
Essa edição está em 61 coleções e é o sonho de consumo de 5 usuários.
Crédito da capa e editor

Spartaco na Valvolandia

História: Lorenzo Mattotti
Arte: Lorenzo Mattotti
sem título

Personagens: Cowboy Henk
História: Kamagurka
Arte: Herr Seele
sem título

Personagens: Torpedo
História: Sanchez Abuli
Arte: Jordi Bernet
sem título

Personagens: Hopey
História: Jaime Hernandez
Arte: Jaime Hernandez
A Revolta dos minimercados

História: Adão Iturrusgarai
Arte: Jaca
Peter Pank (parte IV)

Personagens: Peter Pank
História: Francesc Capdevila Gisbert - ‘Max’
Arte: Francesc Capdevila Gisbert - ‘Max’
Futukawa, O Herói

História: André Toral
Arte: André Toral
Em busca da filha perdida

Personagens: Burton, Cyb
História: Antonio Segura
Arte: José Ortiz
Fim de temporada

História: Jacques de Loustal
Arte: Jacques de Loustal

 
Animal n° 15
Publicado em: fevereiro de 1991
Editora: VHD Diffusion
Licenciador: sem licenciador
Categoria: Revista Periódica
Gênero: Alternativo
Status: Fora de circulação Número de páginas: 84
Formato: Magazine (21 x 27,5 cm)
Colorido/Preto e branco/Lombada com grampos
Preço de capa: Cr$ 580,00
Essa edição está em 57 coleções e é o sonho de consumo de 6 usuários.
Crédito da capa e editor

sem título

Personagens: Cowboy Henk
História: Kamagurka
Arte: Herr Seele
Marcel, o branquela de Iwindo

História: Jacques de Loustal
Arte: Jacques de Loustal
Feliz aniversário, Lubna (parte I)

Personagens: Ranxerox
História: Stefano Tamburini
Arte: Gaetano "Tanino" Liberatore
O encontro marcado

História: Carlos Sampayo
Arte: José Muñoz
Tank Girl

Personagens: Tank Girl
História: Alan Martin
Arte: Jamie Hewlett
Life's tough sometimes

História: Tom Bojarczur
Arte: Tom Bojarczur
O Caso do gibi desaparecido

História: Heinar Maracy
Arte: Marcos Smirkoff
Cinderela 1987

Personagens: Zanardi
História: Andrea Pazienza
Arte: Andrea Pazienza
Carnaval na China

História: Mosquil
Arte: Mosquil
Porno Massacre

Personagens: Superwest
História: Massimo Mattioli
Arte: Massimo Mattioli
Irene

História: Mique Beltran
Arte: Francesc Capdevila Gisbert - ‘Max’
Animal n° 17
Publicado em: maio de 1991
Editora: VHD Diffusion
Licenciador: sem licenciador
Categoria: Revista Periódica
Gênero: Alternativo
Status: Fora de circulação Número de páginas: 84
Formato: Magazine (21 x 27,5 cm)
Colorido/Preto e branco/Lombada com grampos
Preço de capa: Cr$ 680,00
Essa edição está em 55 coleções e é o sonho de consumo de 5 usuários.
Crédito da capa e editor
Ilustração: Franco Saudelli

sem título

Personagens: Cowboy Henk
História: Kamagurka
Arte: Herr Seele
O Terraço dos Romani

História: Marc Villard
Arte: Jacques de Loustal
Tank Girl

Personagens: Tank Girl
História: Alan Martin
Arte: Jamie Hewlett
A Mosca

Personagens: Edmundo, O Porco
História: Martin Veyron
Arte: Jean-Marc Rochette
Ataque de sono

Personagens: Bionda
História: Franco Saudelli
Arte: Franco Saudelli
Love story

História: Sanchez Abuli
Arte: Jordi Bernet
Flash Back

História: Francesco Tullio Altan
Arte: Francesco Tullio Altan
Água tranqüila

História: Mosquil
Arte: Mosquil
Poderia ser pior

História: Philippe Vuillemin
Arte: Philippe Vuillemin
Dá-se um jeito

Personagens: Marc Edito
História: Piotr Barsony
Arte: Piotr Barsony
Feliz aniversário, Lubna (parte III)

Personagens: Ranxerox
História: Stefano Tamburini
Arte: Gaetano "Tanino" Liberatore

Insolites
Autor:   LOUSTAL
Editora: WITLOOF
Preço: 2.295$00 (11.45 EUR)
Colecção:   WITLOOF
ISBN:   972-98504-1-0
Capa:   Brochado
Cor:   Preto e Branco
Tamanho:   19X25
Páginas:   56

info: Insolites


Origineel "le Magazine de Libéation, Paris, 17 feb 1995


BIOGRAFIA DE LOUSTAL 
Jacques de Loustal, nasceu em 1956, em Neuilly-sur-Seine. Após estudar arquitectura, publica em 77 as suas primeiras ilustrações no "Cyclone" e "Rock and Folk". Dois anos mais tarde, associa-se com Paringaux e faz a sua entrada na "Métal Hurlant". Faz diversas histórias completas, reprises em álbuns da Humanoïdes Associés sob os genéricos "New York", "Miami" e "Clichés d'amour".

Em 1984, começa a colaborar mensalmente com "A Suivre" o que acaba por se traduzir na publicação de vários títulos com Paringaux, e com Charyn. Encontramo-lo igualmente no "Echo des Savanes" com "Arrière-Saison" e "Mémoires avec Dames", ambos da Albin Michel, em 85 e 89.

Para Loustal, a pintura é como que um tomar fôlego, com as suas técnicas, formatos, materiais, consegue repousá-lo daquela parte enfastidiante da BD. Ou seja, começar e acabar com as mesmas personagens, com as mesmas técnicas, com os mesmos utensílios durante um ano. A pintura é como que um balão de oxigénio, no entanto essa mesma pintura vem da BD, não há uma ruptura, há um eterno retorno. Loustal pinta com grandes pincéis, com cores opacas que lhe permitem mudar da aguarela. Por vezes, dizem-lhe que as suas BDs parecem pequenos quadros, outras vezes que os seus quadros parecem grandes ilustrações. No entanto não desenha Paris, que já conhece, prefere desenhar os locais por onde passa.

Loustal gosta de colocar nas suas BDs os lugares, ele tem um gosto pela "armadura", pelo urbano. Não foi por acaso que frequentou arquitectura...O que este autor gosta mesmo é de olhar, de contemplar, ou nas suas próprias palavras, deixar-se impregnar pelas coisas. 

BIBLIOGRAFIA

1980: Une vespa, des lunettes noires, une palm beach, elles voudaient en plus que j'aie de la conversation, com Rudler. New York - Miami

1982: Clichés d'amour, com Philippe Paringaux, Les Humanoïdes Associés.

1983: Zénata Plage, Les Humanoïdes Associés;editado na Alemanha e Holanda; reeditado em 89


1985: Viviane, Simone et des autres, Futuropolis. Arrière Saison, Albin Michel 80% d'humidité, Alain Beaulet. Coeurs de Sable, com Philippe Paringaux, Les Humanoïdes Associés.

1986: Escales, L'Atelier. Pension Maubege

1987: Barney et la note bleue, com Philippe Paringaux, Les Humanoïdes Associés.

1988: Ciné-romans, Comixland, V comme engeance, com Tito Topin, Autrement. Lumière de jour, Les Humanoïdes Associés.

1989: Mémoires avec dames par Marcel Cox, com Jean-Luc Fromental, Albin Michel. New York - Miami 90, com Philippe Paringaux, Les Humanoïdes Associés.

1990: Carnet de Voyages 1981-1989, Seuil.

1991: Les frères Adamov, com Jérôme Charyn, Casterman.

1992: Sous la lumière froide, com Pierre Mac Orlan, Futuropolis.

1994: Dune, com Philippe Paringaux, Seuil Jeunesse Le Roi du Jazz, com Alain Greber, Bayard. Duo, Atelier Médicis, edição limitada a 215 exemplares. Un garçon romantique, com Philippe Paringaux, Casterman. Sud, com Alain Beaulet.

1995: Cinquante mille dinards, com Jean-Luc Coatlem Reporter.

1996: Java, à l'ombre du Merapi, Christian Besbois Editions.

1997: Kid Congo, com Philippe Paringaux, Casterman. Carnet de Voyages 1991-1996, Seuil.

1998: Touriste de Bananas, com Georges Simenon, Vertige Graphic. Les contes de la fôret vierge, com Horacio Guiroga, Seuil - Métaillé. Un romance, com Jérôme Charyn, Mille et une nuits. Soleils de nuit, Casterman. Voyage en Méditerranée, Japão. La couleur des rêves 2, com Philippe Paringaux, Casterman.

1999: Insolite, Seuil Jeunesse.

2000: White Sonya, com Jérôme Charyn, Casterman. Carnet de voyages 1997-1999, Seuil.


http://www.witloof.net/witloof.htm


Witloof Edições 
Editora dedicada exclusivamente à Banda Desenhada. Títulos Publicados: Estigmas, de Mattotti e Piersanti, Insólito de Loustal, A mosca de Trondheim , e A verdadeira história de Jota Cristo, de Ferrand. Distribuidora dos títulos da editora francesa l'Association. Sede em Coimbra.

 

 

Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada 2001 
18 de Maio a 3 de Junho (Portugal) 
É já a quarta edição deste evento lisboeta e, mais uma vez, o principal poiso será diferente: depois de ter estado nos armazéns da Abel Pereira da Fonseca e nas desactivadas instalações da Standard Eléctica, este ano o espaço escolhido é o da Cordoaria Nacional. Como locais complementares estarão abertas ao público a Bedeteca de Lisboa e a Casa Fernando Pessoa. 

A Bedeteca de Lisboa (de 17 de Maio a 30 de Julho) acolherá duas exposições. Uma delas será O Desenho dos Dias, uma Década de Ilustrações no Jornal O Público, constituída por uma retrospectiva de mais de 50 ilustrações de Cristina Sampaio, impressas no PÚBLICO jornal matutino lisboeta de âmbito nacional. A outra intitula-se Rostos de um Clássico e centrar-se-á na obra de Jijé, aliás Joseph Gillain (1914-1980). 

No amplíssimo espaço da Cordoaria Nacional estarão patentes 22 exposições, de 18 de Maio a 3 de Junho, onde se destacam as seguintes: 
- O Homem da Tinta da China, de José Munoz 
- Ilustração Portuguesa 2001 (colectiva de ilustradores portugueses) 
- Imagens Riscadas, uma ou outra Música na BD (colectiva com originais de Miguelanxo Prado, Dave Mckean, Ben katchor, Peter Bagge, James Kolchalka, Loustal, Laerte, Miguel Rocha, Ana Cortesão, Rui Ricardo e outros). 
- A História do Blues (uma novela gráfica colectiva feita por Gallardo e Miguelanxo Prado, entre outros) 
- Paisagens Americanas (exposição individual de Joe Pinelli, um nome importante na produção alternativa belga) 
- Ritmos e Motivos (Cinquiéme Couche é como se chama a composição feita através de colagens, fotografias, textos literários e grafismos) 
- EDM Records (mostra do colectivo L'Employé du Mois, um colectivo belga de jovens autores aparecidos em torno do fanzine "Spon") 
- Lover Boy Story: Liquidação Total (mostra de originais desta série criada pelos jovens autores portugueses João Fazenda, desenhador, e Marte, argumentista) 
- Cabine Gritante (mostra do fanzine Gritante, preenchida com pranchas de Francisci Vidal) 
- Força de Expressão (retrospectiva de Filipe Abranches) 
- The Writer (individual de Pedro Nora) 
- O Medonho Composto (individual de Vera Tavares) 
- Pano Cru (individual de Pedro Brito) 
- Áfricas (individual de Stassen) 
- Vaca Louca (individual de Johan de Moor) 
- Major Alverca / Alverquinha: A Glória do Regime (individual de Manuel João Ramos e Rui Zink) 

Casa Fernando Pessoa, 19 de Junho a 30 de Setembro 
- Self-Service (colectiva de 27 autores que ilustram poemas de Jan Baetens sobre BD 

Geraldes Lino

http://www.interdinamica.pt/bd2001/psal2001.shtml
A SACANICE
Tardi / Pennac (Loustal)
Terramar, 2000, trad. de Manuela Torres, álbum de 80 págs., 2940$00, 14,66 euros 

O QUE há de comum entre Jacques Tardi (desenhador de BD premiadíssimo, cujo imaginário e traço são inconfundíveis) e Daniel Pennac (escritor talentoso que se estreia com indisfarçável cumplicidade como guionista em La Débauche, em português, A Sacanice, álbum ilustrado por Tardi), além da amizade que os aproxima, são sobretudo a repulsa e a revolta de ambos contra as perversões do sistema, contra as maquinações e o cinismo daqueles que dirigem o mundo e decidem das nossas vidas, convertendo-nos em marionetas ou então em resíduos dificilmente recicláveis do processo produtivo: os excluídos e outros marginalizados. É, aliás, em torno do horror económico e da desumanização que gira A Sacanice, panfleto absolutamente sulfúrico. 


Nascido em 1946, foi na infância e pela via das histórias contadas pela avó que Tardi ficou a par das atrocidades e dos horrores grotescos da conflagração de 1914-18 e, mais tarde, pela boca do pai, soldado na frente de combate, do que ocorreu na II Guerra Mundial, narrativas que lhe povoariam o imaginário desde a infância e o marcariam como adulto criativo. Não é por acaso que concebe e executa algumas das mais cáusticas e arrepiantes histórias de guerra jamais contadas em banda desenhada. Outro traço distintivo de Tardi, também associado às suas memórias, é que ele se assume como um urbano incorrigível, mas não necessariamente depressivo, que se compraz em desenhar cenários arquitectonicamente sombrios (como que inspirados em velhos postais), com ruas, recantos e jardins prenhes de segredos e surpresas, como se as suas cidades fossem propositadamente mais imaginárias que reais, espaços onde tudo pode acontecer. 

Aos 16 anos entra nas Belas-Artes de Lyon rendido aos encantos da BD, tudo porque a revista «Tintin» teve nele o efeito de uma revelação. Sete anos depois estreia-se na carismática «Pilote», já como profissional. A partir de então, não cessará de desenhar BD, multiplicando os seus géneros e colaborações, mas mantendo-se sempre em estreita relação com o romance policial e os seus autores, cujas histórias sombrias e cínicas adapta, como foi o caso de Léo Malet e do seu herói Nestor Burma. Lançando mão dos seus talentos de guionista e desenhador, cria em 1976 uma das suas obras mais populares e bem sucedidas, As Aventuras Extraordinárias de Adèle Blanc-Sec, que se perpetuaria em vários álbuns. Em 1988, movido por um desejo incontido, ilustra a preto-e-branco a Viagem ao Fim da Noite, de Céline. Da colaboração com Daniel Pennac, uma das mais recentes, ilustrou em 1991 uma novela, Le Sens de la Houppelande, e, na viragem do milénio, como um prenúncio, La Débauche, agora publicada pela Terramar. 

VÍTOR QUELHAS


 Belo Horizonte realiza
3ª Edição do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ)
setembro de 2003

    Durante cinco dias, BH será a capital mundial dos quadrinhos, recebendo quadrinhistas nacionais e internacionais, com uma programação diversificada que inclui exposições, palestras, debates, gibiteca, bar, workshops, oficinas, maratona de quadrinhos, teatro, documentário sobre o cartunista Ziraldo e uma grande feira de HQs, isso tudo em uma área de 2000m2. Trata-se do 3º edição do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), que acontece no Centro Cultural Casa do Conde (Rua Januária, 130 - Floresta). A abertura será no dia 24, quarta-feira, às 19 horas, com a apresentação dos três primeiros módulos da peça "Escolas de Heróis", desenvolvida pelo curso de Artes Cênicas da UFMG. O evento estará aberto para visitação entre os dias 25 e 28, quinta a domingo, das 9 às 22 horas com entrada franca. O quadrinista homenageado no 3º Festival, responsável pelo cartaz oficial do evento, é o mineiro Mozart Couto, que terá uma mostra especial de seus trabalhos.
    O 3º FIQ é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, em parcerias da Escola de Belas Artes da UFMG, dos consulados do Japão, França e Itália, da Embaixada da Espanha e da Fundação Japão. A editora e produtora Casa 21, com sede no Rio de Janeiro, parceira desde a primeira edição, é a idealizadora e responsável pela curadoria. A Telemar patrocina o FIQ por meio da Lei de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e a Caixa Econômica Federal pela Lei Federal de Incentivo à Cultura.
    O Festival vai receber convidados internacionais e nacionais, que
vão participar de palestras, mostras, oficinas, além de contribuir com trabalhos para as exposições, que no 3º FIQ, vão ocupar um espaço de 250m2. Entre as exposições nacionais destaque para as mostras de quadrinistas do Sul do país, do Nordeste e também os mineiros. Em suas edições anteriores, o FIQ foi marcado pela inserção da cidade no circuito internacional de eventos de quadrinhos. Este ano o Festival traz exposições especiais com obras de quadrinhistas da Itália, Japão, França, Espanha, Estados Unidos e Grã-Bretanha. Já confirmaram presença os convidados internacionais: Jorge Zentner (Espanha), Lorenzo Mattoti (Itália), Stefano Ricci (Itália), Sérgio Toppi (Itália), David Lloyd (Inglaterra) Kyle Baker (EUA) Jacques Loustal (França). Dentre os brasileiros, Sônia Bibe Luyten, Kipper, Daniel HDR, João Marcos, Antônio Eder, André Diniz, Fabio Zimbres, Eloar Guazzeli, Rui de Oliveira, Marcelo Gaú, Fábio Yabu, Marcelo D´Sallete, Jan Veneziani, Lourenço Mutarelli, Adão Iturrasgarai, Alexandre Nagado, Allan Sieber são presenças garantidas.

 

Jacques Loustal nasceu em Neuilly-sur-Seine - Paris, no dia 10 de abril de 1956. Tímido e reservado, Loustal faz parte do grupo de quadrinhistas que considera o texto tão importante quanto o desenho. Artista gráfico, pintor e autor de quadrinhos nas três mídias, possui um trabalho caracterizado pela sensibilidade. Durante um bom tempo viveu na África, coisa que se reflete em sua obra. Sua paixão pelo desenho começou na infância, nas margens de seus cadernos. Porém seus pais tinham outras ambições para ele, que se tornou arquiteto depois de oito anos de estudo, carreira mais socialmente aceita naquela época, em comparação com a produção de gibis. Enquanto levava adiante o seu curso, Loustal colaborou com alguns fanzines como o Cyclone e, aos poucos, publicava seus desenhos em revistas como Métal Hurlant, Pilote, Nitro, Chic, Zoulou e no Libération. Grande parte do seu trabalho para a Métal Hurlant foi compilado em álbuns da Humanoids Associes, como New York, Miami e Clichés D’Amour. Tendo começado a ilustrar a edição francesa da Rock & Folk, conheceu na redação o futuro parceiro e roteirista,

Philippe Paringaux, que escreveria o texto de alguns de seus mais belos álbuns como Barney e a nota azul e Coração de Areia (ambos publicados na revista À Suivre). Nessa mesma época, seu traço também ganhou outra importante publicação do gênero: a L’Écho Des Savanes. Nos anos 80 e 90, destacam trabalhos do artista para os álbuns Zenata-Plage, Pension Maubeuge, V comme Engenance, Le Prince et Martin Moka, 19 Pastels e Dune. Em 1998 Loustal recebeu o prêmio Alph´Art, do salão de Angoulême, com o álbum Kid Congo, que conta a história de Mussa, boxeador senegalês na França de 1912.

 

A Animal traduzia bastante histórias, além de apresentar autores nacionais e publicar entrevistas e perfis com quadrinistas gringos, matérias sobre música, blues e rock ’n’ roll sobretudo, e trazer o encarte Mau – Feio, sujo e malvado, espécie de zine em pb e papel jornal, onde saíam notas e material de artistas pouco ou nada conhecidos. A temática em geral das HQs tratava de mundos distópicos, futuros arrasados, ciborgues, andróides e robôs, a emular o futurismo pessimista de um Blade Runner, como Ranxerox eBurton & Cyb, de Segura e José Ortiz. Além disso, trazia histórias com sangue, mortes, esquartejamentos, onde Squeak the Mouse, de Massimo Mattioli, é um bom exemplo e provável inspiração para Comichão e Coçadinha, a sanguinolenta estória de gato e rato exibida dentro dos Simpsons; e sexo, com quadrinhos de nome como o italiano Milo Manara, o alemão Mathias Schulteiss, conhecido pelas adaptações de Bukowski, além das histórias sobre a mafia de Abuli e Jordi Bernet. Entre os poucos anunciantes, rádios como a carioca Fluminense FM e a 89 FM, a marca de roupas Fiorucci, além de lançamentos de discos de bandas como Engenheiros do Hawaii, Pink Floyd e David Bowie.

“A gente gostava de ler quadrinhos e de acompanhar a evolução deles, e por isso acompanhávamos revistas como a Metal Hurlant, Zoulou, El Víbora e Love and Rockets, que circularam nos anos 1970 e 1980”, diz Newtoon Foot. Havia livrarias com revistas importadas no centro do Rio de Janeiro, como a Livraria Francesa e a Leonardo da Vinci, onde era possível conhecer novidades como as revistas italianasCorto Maltese e Alter Linus. “Me lembro que os desenhos de Tardi causaram impacto na época com a série ‘As Aventuras de Adele Blanc Sec’. O quadrinho tem esse poder de estar sempre apresentando uma novidade, seja no conteúdo ou na forma. Esse conhecimento foi importante na época em que fizemos aAnimal, pois tinhamos idéia de um material rico e inovador em termos de arte gráfica, exemplos de personagens e quadrinhos ricos em conteúdo e de grande criatividade, mas pouco conhecido do nosso público.”

A VHD fazia contato com as agências que tinham os direitos para publicação e eles escolhiam as histórias em quadrinhos que seriam publicadas. Rogério de Campos cita ainda a francesa L’Echo des Savanes que chegava por aqui. “E os amigos traziam as coisas quando viajavam. Depois de um tempo, as editoras gringas descobriram a Animal e passaram a nos enviar as novidades”, completa o editor.

Priscila acrescenta que “Vincent viajava anualmente para a Europa para fazer contatos com as editoras e trazia novidades. Eu também viajava de vez em quando, e tinha amigos na Itália que me mandavam coisas pelo correio. Os salões de quadrinhos eram uma oportunidade importante para conhecer pessoalmente os autores e editores, e estabelecer uma relação de amizade e confiança. Uma vez escolhidas as histórias que queríamos publicar, o Vincent fazia um contrato com a editora, e ela nos mandava os fotolitos. Aqui no Brasil, faziamos a tradução (muitas delas eu mesma fiz, quase todas eu revisei) e o letreiramento (isso geralmente era feito por profissionais especializados)”.

 

 

 

 

 

http://douglasyudiro.wordpress.com/2013/09/30/revista-animal-no-2/