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2011  Festival de BD de Beja
 

http://www.festivalbdbeja.net/

VII Festival de BD de Beja começa hoje com Loustal e Ivo Milazzo

expo
Muitas exposições e ambiciosa programação paralela para bater o recorde de visitantes registados na edição do ano passado

O francês Jacques Loustal e o italiano Ivo Milazzo são as presenças mais sonantes no VII Festival Internacional de BD de Beja, que começa esta tarde na Casa da Cultura da cidade.

 
Até ao dia 12 de Junho há 17 exposições para ver em vários equipamentos culturais da cidade. São esperados mais de 60 autores portugueses e de vários países europeus, funciona um mercado de livros com cerca de 70 editores e uma programação paralela ambiciosa, concentrada sobretudo nos fins-de-semana. É com estes argumentos que a autarquia, organizadora do festival, conta para bater o recorde de afluência registado no ano passado. “Temos sempre a expectativa de aumentar a afluência. A existência do festival não depende disso, mas gostaríamos que fossem ultrapassados os oito mil visitantes do ano passado”, disse ao PÚBLICO Paulo Monteiro, director do certame.
Além dos dois autores já mencionados, estarão presentes Pablo Auladell (Espanha), Andrea Bruno (Itália), Liam Sharp (Reino Unido), Aleksandar Zograf (Sérvia), Fernando Relvas, Carlos Rico, Inês Freitas, João Mascarenhas, Ricardo Cabral, Rui Lacas e Bernardo Carvalho (Portugal), todos com exposições individuais.
O director do festival garante que estes autores foram “primeiras escolhas”. Como em anos anteriores, o critério foi a escolha de “autores internacionais consagrados” (é o caso de Loustal e Milazzo), a par de “artistas de boa qualidade que praticamente ninguém conhece”, entre os quais Auladell, Zograf ou Andrea Bruno, acrescenta Paulo Monteiro.
Ricardo Tércio, um dos portugueses que trabalham para a Marvel
São ainda apresentadas quatro exposições colectivas: A Volta ao Mundo, com trabalhos dos alunos de escolas alentejanas; Futuro Primitivo, com artistas portugueses contemporâneos; Portugueses na Marvel, com obras de Filipe Andrade, João Lemos, Nuno Plati e Ricardo Tércio; e Venham+5, a partir do trabalho desenvolvido pelo colectivo da Bedeteca de Beja.
As iniciativas paralelas são uma aposta forte. “O festival dá visibilidade e isso é vantajoso para quem publica”, diz Paulo Monteiro, acrescentando que “este ano houve muitas dificuldades para agendar todos os eventos”. Estão marcados numerosos lançamentos editoriais – os álbuns Mundos em Segunda Mão (de Aleksandar Zograf ) e Moonface (Fernando Relvas), o fanzine Venham + 5 e as revistas Zona Gráfica 2, BDJornal 27 e Banzai, entre outros. Haverá também debates, sessões de autógrafos, visitas guiadas às exposições e a exibição do filme de Luc Besson A Maldição do Faraó, baseado nas aventuras da heroína de BD Adèle Blanc-Sec.



Festival de BD em Beja
› Pranchas de histórias de superheróis desenhadas pelos únicos quatro portugueses a trabalhar para a Marvel, uma das maiores editoras de bd do mundo, são uma das atracções do sétimo Festival Internacional de BD de Beja, que começou ontem. A exposição “ Portugueses na Marvel” reúne 24 pranchas de Filipe Andrade, João Lemos, Nuno Plati e Ricardo Tércio. Juntam-se às de mais de 60 autores de bd que, até 12 de Junho, contam “ histórias em imagens” através das 17 exposições, espalhadas por quatro espaços. Além da Casa da Cultura, onde funciona a Bedeteca de Beja, organizadora do evento, as exposições estão na Biblioteca Municipal e nos museus Jorge Vieira e Rainha D. Leonor. Os autores presentes são de Portugal, Espanha, França, Itália, Sérvia e Reino Unido e representam várias tendências da BD. Ao francês Jacques de Loustal, o espanhol Pablo Auladell, os italianos Andrea Bruno e Ivo Milazzo, o britânico Liam Sharp e o sérvio Aleksandar Zograf juntam-se Bernardo Carvalho, Carlos Rico, Fernando Relvas, Inês Freitas, João Mascarenhas, Ricardo Cabral e Rui

Loustal FRANCA
Jacques de Loustal nasceu em Neuilly-sur-Seine em 1956. É um dos mais importantes autores franceses da actualidade e é impossível falar da banda desenhada francesa contemporánea sem referir o seu nome. Apaixonado pela viagem (e pelo continente africano), os seus livros estáo sempre impregnados de atmosferas imito próprias (os seus célebres Cademos de Viagem sáo disco um bom exemplo). Ainda estudante de Arquitectura publica as primeiras ilustragóes no fanzine Cyclone. No foral dos anos 70 publica na Rock & Folk onde conhece o escritor Philippe Paringaux, com quem realizará boa parte da sua obra. Colabora mais tarde com as revistas Métal Hurlant, Pilote, Notro, Libération, etc. Em 1984 (e até 1997) passa a colaborar assiduamente com a revista A Suivre (e com a L'Echo des Savanes, entre outras), onde publica, sempre com Paringaux, Barney et la note bleue, Coeurs de Sable, Un Jeune Homme Romantique, e Kid Kongo, posteriormente publicados em livro. Seguir-se-se-lo depois livros como White Sonya (2000), com Jéróme Charyn, Jolie Mar de China (2002), Insolite (2003), com texto do próprio Loustal, Rien de Neuf it Fort-Bongo (2006), com Jean-Luc Coatalem, Coronado (2009), com Dermis Lehane, Les amours insolentes (2010), com Tonino Benacquista, etc., etc.

Para além do seu trabalho na área da banda desenhada, Loustal tem-se destacado como ilustrador, colaborando com a revista The New Yorker, entre dezenas de outras publicacáes. O seu trabalho pode ser acompanhado em www.loustal.com.